Foto produzida nas dependências da AEV antes da pandemia
A AEV – Associação Equoterapia Vassoural, em Pontal/SP, se reinventou e realiza atendimentos híbridos durante a pandemia. Os benefícios se estendem a 50 praticantes, entre crianças e adultos, de 6 cidades diferentes – incluindo Ribeirão Preto – e também, suas famílias. As atividades presenciais são realizadas ao ar livre.
De acordo com a ANDE – Brasil, que regulamenta a prática da equoterapia no país, este método terapêutico utiliza o cavalo “dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais”. A atividade é conduzida por um profissional da área da saúde (Fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo) e/ou profissional da educação (pedagogo e educador físico).
A AEV é atuante na equoterapia desde 2003 e reúne todos estes profissionais citados, somando 10 pessoas em sua equipe. Juntos, se empenham no atendimento a pessoas com patologias diversas, como lesões neuromotoras de origem encefálica ou medular, patologias ortopédicas congênitas ou adquiridas por acidentes diversos, síndromes, distúrbios de comportamento e de aprendizagem e disfunções sensório motoras ou sem deficiência. As atividades ocorrem na Fazenda Vassoural, em um espaço de 1.400m² totalmente ao ar livre, ambiente seguro composto por: pista, redondel, bancada, mesas, cadeiras, área para eventos e com acessibilidade para deficientes.
Ao longo dos 17 anos de atividades, a associação já recebeu mais de 600 praticantes, totalizando mais de 26 mil atendimentos. E com a chegada da pandemia pelo novo Coronavírus, em março de 2020, os atendimentos precisaram ser adaptados, visando priorizar a segurança dos pacientes e dos profissionais que atuam na Associação. Mas, não foram interrompidos, pois suspendê-los poderia resultar em um impacto significativo para os praticantes, pois a Equoterapia trás melhoras evidentes não apenas aos praticantes, mas, também, a todos que convivem com eles.
Por isso, a equipe da AEV observou que a pandemia colocou algumas famílias assistidas pela Associação em uma situação de vulnerabilidade muito grande. De acordo com Elaine Cristina Soares Leite, fisioterapeuta e coordenadora da entidade, “isso despertou em nós a preocupação de manter a qualidade de vida do praticante e de sua família em meio a todo caos ocasionado com a pandemia. A função desse tipo de ação (a entrega das cestas básicas) vai muito além de simplesmente mantê-los saciados. Uma alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o funcionamento adequado de todo o corpo, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico, para a manutenção e a recuperação da saúde”. Ela explica que as profissionais decidiram então por se reinventar e focar em ações diversas à distância, abrangendo desde o âmbito da vida humana, com distribuição de cestas básicas e kits de higiene, como a gravação de vídeos com atividades para serem realizadas em casa, elaboração e distribuição de kits individuais para atividades remotas, sempre orientadas pelas profissionais. Além disso, realizaram promoção de interação entre as famílias dos praticantes, através das ferramentas oferecidas pela internet. “Eles foram privados de alguns resultados que somente o contato com cavalo pode proporcionar, mas conseguimos nos reinventar com foco em nossos objetivos de evolução para os praticantes.”, ressalta a coordenadora. Ela frisa que houve, por parte dos profissionais da AEV, preocupação com os efeitos da hipoatividade ou inatividade física dos praticantes e que as ações propostas, mesmo de forma remota, trariam resultados muito positivos. Além de manter e fortalecer o vínculo, o que também é essencial.
Um novo desafio foi, a partir de outubro/2020, proporcionar meios seguros para a retomada das atividades presenciais. De acordo com Elaine, foi necessário reduzir os atendimentos diários visando assegurar o distanciamento social adequado, porém, sem deixar de contribuir para a saúde de alguns praticantes. “Estamos seguindo o plano São Paulo de retomada consciente e as orientações do Ministério da Saúde, além disso orientamos a todos sobre a correta higienização, distanciamento e responsabilidades com relação à pandemia”. De acordo com a mãe de um praticante, A. A. B., ver sua filha montando a cavalo na equoterapia é um sonho realizado. “E eu também faço uma terapia pelo fato de estar em um lugar tão bonito e agradável!”, ela salienta.
Durante o mês de janeiro, a coordenadora da entidade ressalta que é dedicado para a realização dos planejamentos e avaliações/reavaliações dos praticantes. “Também efetuamos orientações, acompanhamentos e encaminhamento buscando fortalecimento de vínculos e acolhimento às famílias”, conclui Elaine.
Para saber mais sobre a Associação de Equoterapia Vassoural, acesse: aevesporte.com.br
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FONTE:
Luciene Gazeta – Matriz da Comunicação Agência
Sorocaba/ SP
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